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Aniversário dos 450 anos da Batalha de Lepanto Evocado pela Confradía Europea de la Vela
28/02/2021
A conferência online, reuniu quase 200 participantes e permitiu conhecer factos inéditos da célebre batalha naval do século XVI.
Foram quase 200 os participantes que, no passado dia 18 de fevereiro, se ligaram online para escutar o Capitán de Navio Marcelino González, numa conferência organizada pelo Comité de Foros da Confradía Europea de la Vela.
O conferêncista, Marcelino González, historiador com vultosa obra publicada, pintor e aguarelista, vice-presidente da Real Liga Naval, membro da Real Academia del Mar, e da Asamblea Amistosa y Literaria. Capitán de Navio na situação de reforma, teve uma brilhante carreira na Armada Española, tendo sido entre 2002 e 2008, sub-diretor do Museu Naval de Madrid, do qual é hoje consultor e colaborador. É igualmente autor de numerosos artigos em revistas, tendo proferido conferências em toda a Espanha e no estrangeiro e também é membro de várias associações ligadas à história e à navegação.
Ao longo da sua interessante apresentação, Marcelino González deu informações muito importantes e às vezes desconhecidas sobre o conflito. No início citou as características e antecedentes que motivaram este combate naval que ocorreu, entre outras razões, para impedir o desejo expansionista do Império Otomano, atacando a costa mediterrânea da cristandade e anexando territórios para aumentar o seu poder.
Em seguida, explicou as várias fases da batalha, a posição estratégica dos navios e o resultado que todos conhecemos.
Figuras e dados
Esta batalha teve cerca de 1.815 canhões, um total de 84.420 homens, dos quais cerca de 28.000 soldados, 12.920 marinheiros e 43.500 remadores, bem como navios de todos os tipos. Galés e galeaças (navios a remos com quarenta e quatro canhões), entre outros tipos de navios.
O custo da batalha foi suportado em 50% pela Espanha e o restante por outros países, com a curiosidade de D. Miguel de Cervantes ter sido ferido no ombro esquerdo e perdido a mobilidade da mão esquerda, pelo que foi alcunhado “o maneta de Lepanto”.
O protocolo entre as duas Confrarias
A Confraria Marítima de Portugal e a Confradía Europea de la Vela, partilham uma cultura marítima comum, que no tradicional espírito de cooperação franco, aberto e solidário das gentes do Mar, está espelhado num protocolo de cooperação que compreende a troca mútua de informações relativas às respetivas atividades e, entre outras, a atribuição aos membros da outra instituição dos direitos inerentes aos seus próprios membros, durante períodos de visita, ou curtas estadias, exceto, claro está, a participação ativa nas assembleias gerais.
(colaboração da direção da CMP-LNP)