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Visita Guiada aos Tesouros do Museu de Marinha

14/06/2023

Em 20 de Maio, Dia da Marinha e Dia Europeu do Mar, a Confraria Marítima de Portugal-Liga Naval Portuguesa organizou uma Visita Guiada aos Tesouros do Museu de Marinha. Cerca de 35 Confrades e familiares participaram neste evento, também ele comemorativo do 14º aniversário da Confraria.

A visita à Exposição Permanente do Museu foi antecedida de um momento de convívio no Pavilhão das Galeotas onde, os visitantes dispuseram de cafés e pastéis de Belém, enquanto lhes era apresentado o programa da visita e dado a conhecer o historial de algumas das galeotas Reais e dos Hidroaviões do tempo em que a “Marinha tinha asas”. Não se abandonou aquele espaço sem que o Bergantim Real e o Hidroavião “Santa Cruz” fossem apresentados com maior detalhe.

O Cmdt José Rocha Abreu deliciou os convidados com pormenores históricos desconhecidos da maioria dos portugueses (direitos reservados)

Na Ala dos Jerónimos, seguindo o Itinerário normal, abordou-se em pormenor a operação militar naval da “Tomada de Ceuta”, passando-se de seguida à apreciação de algumas das mais antigas e mais valiosas peças expostas.

A Escultura de S. Rafael, o Altar Portátil, a Arca dos Gamas e o Quadro representativo da Batalha do Cabo de S. Vicente, foram apresentados em detalhe bem como a história dos Astrolábios, neste caso com especial pormenor, a do Astrolábio denominado “Ericeira”.

Junto ao quadro do “Quadrado de Môngua”, ouvindo falar sobre as relações entre João Coutinho e Afonso Cerqueira, um monárquico e um republicano do princípio do século XX (direitos reservados)

O “Planisfério de Cantino”, onde pela primeira vez se vê representada a costa brasileira, não deixou de merecer a atenção dos visitantes, pois a riqueza e rigor com que foi feito despertam, ainda hoje, passados 500 anos da sua realização, um grande interesse e curiosidade. A visita continuou passando-se em revista e com o detalhe possível, os heróicos combates do “Augusto de Castilho” e do seu Comandante “Carvalho de Araújo”, da Lancha “Vega” e do seu Comandante o Tenente Oliveira e Carmo e do Aviso “Afonso de Albuquerque” e do seu Comandante Cunha Aragão. Não foi esquecida a intervenção dos Batalhões Expedicionários no Sul de Angola chefiados pelo General Pereira D’Eça onde o então Capitão Tenente Afonso Cerqueira se notabilizou integrando o Batalhão de Marinha.

O presidente da Confraria-Liga Naval, CAlm António Bossa Dionísio, referiu um episódio interessante sobre o astrolábio da Ericeira

Após ser percorrida a sala da Marinha de pesca onde, entre muitos outros modelos, se pode ver a curiosa embarcação denominada “Muleta”, foi a vez de se entrar no espaço reservado às Camarinhas Reais do Iate Amélia.

A visita terminou aí com uma referência especial a um grande amigo da Marinha, Henrique Maufroy de Seixas (1886-1948), pelo extenso e valioso acervo que entregou por testamento ao Museu. Para além de milhares de fotografias relacionadas com a actividade naval da primeira metade do século XX, doou igualmente cerca de trezentos modelos de embarcações de diversos tipos que hoje sem dúvida muito enriquecem o acervo do Museu.