XXXV Assembleia-Geral da FIDALMAR 20 a 24 de outubro de 2025, em Lisboa

A Federação Internacional das Ligas e Associações Marítimas e Navais (FIDALMAR) – surgiu como resposta ao sentimento comum de homens visionários que decidiram unir forças para trabalhar pelo e para o Mar, a partir das organizações existentes em cada um dos países e que decidiram em novembro de 1977, ficarem confederados em torno de uma visão comum.

A Confraria Marítima de Portugal – Liga Naval Portuguesa (CMP-LNP) é associada da FIDALMAR.

A decisão de criação da FIDALMAR girou em torno de três propósitos estruturantes da realidade do Mundo e dos seres humanos, a saber:

1. Criar e manter laços de solidariedade entre os povos para a defesa do património marítimo da Humanidade;
2. Promover a consciência marítima entre todas as mulheres e homens através das diferentes Ligas Marítimas e Navais e organizações federadas relacionadas de todos os países;
3. Contribuir permanentemente para a aproximação e entendimento internacional relativamente aos interesses marítimos comuns, reconhecendo assim a importância que o Mar tem na vida dos povos.

Estes propósitos evidenciaram a missão primordial da FIDALMAR no sentido de considerar o Mar como elo de união e como dom providencial e essencial para a sobrevivência humana.

Este roteiro estabelecido há 47 anos permanece absolutamente válido e continua a definir o rumo das ações de todos os associados da FIDALMAR.

Proteger o património, sensibilizar e congregar interesses marítimos comuns são tarefas que não podem ser adiadas se considerarmos também que temos hoje um Mundo mais globalizado, ameaçado pelos efeitos das alterações climáticas e pelos danos ao ambiente.

A Confraria Marítima de Portugal organizou a XXVI Assembleia-geral, entre 19 e 24 de setembro de 2011.

Ao responsabilizar-se pela organização em Lisboa de mais uma Assembleia-geral, desta vez a XXXV Assembleia-geral da FIDALMAR, no período de 20 a 24 de outubro de 2025, a CMP-LNP não esquece os três propósitos estruturantes da realidade do Mundo e dos seres humanos, preconizando e considerando o seguinte:

1. Incluir no programa eventos que deem visibilidade ao património marítimo de Portugal e o que faz para o defender (propósito 1);
2. Suscitar à Presidência Pro Tempero e ao Secretariado-geral da FIDALMAR a necessidade de assegurar a participação de todas as Ligas e Associações Marítimas e Navais na XXXV Assembleia-geral da FIDALMAR, de forma a serem portadores da consciência da importância do Mar junto da população dos respetivos países (propósito 2);
3. Suscitar à Presidência Pro Tempero e ao Secretariado-geral da FIDALMAR a necessidade de contactar as Ligas e Associações Marítimas e Navais que ainda não estão filiadas, alargando a representatividade de países, nomeadamente na XXXV Assembleia-geral (propósito 3).

Complementarmente, ao acolher esta Assembleia-geral em Portugal, gostaríamos que a FIDALMAR a aproveite para aumentar a influência internacional da Federação, conseguindo atrair representantes de outras instituições e organizações marítimas.

Para alcançarmos esse objetivo é importante ter uma mensagem apelativa, que deve ter em linha de conta as características do público-alvo, desta vez mais vasto, assim o desejamos, do que aquele que tradicionalmente participa nas Assembleias, oriundo da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Curaçau, República Dominicana, Espanha, Perú, Portugal e Uruguai.

Isto implica criar um programa que motive essas instituições e os seus representantes a querer vir a Portugal. As temáticas atuais que mais curiosidade despertam, são a aplicação da robótica e da Inteligência Artificial (I.A.) no ambiente marítimo, e as novas tecnologias que contribuem para a sustentabilidade dos rios e oceanos.

Daí estarmos apostados em envolver investigadores e empresas com projetos relevantes nestes setores e de importância capital para a Economia do Mar.

Com esta orientação, propusemos que a XXXV Assembleia-geral tenha como “pano de fundo” a Inteligência Artificial, a Robótica e a sustentabilidade dos Rios e Oceanos.

Deseja-se que o programa da XXXV Assembleia-geral esteja na sua versão final até ao dia 30 de setembro de 2024.